segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Doença de Osgood-Schlatter. Parte 2 - TRATAMENTO


Existem algumas abordagens bastante úteis para o tratamento da DOS. Conheço colegas que usam Acupuntura, Hidroterapia, Bandagem Funcional e Eletroterapia. No entanto, em meio a tantas possibilidades, três condutas são unanimidade: Repouso, Gelo e Alongamento.

Recomenda-se interromper, ou pelo menos reduzir as atividades físicas que causem dor por um período de 4-8 semanas, assim como crioterapia regular por 20 minutos várias vezes ao dia. Se o repouso não for possível (talvez você esteja tratando um atleta de alto nível que NÃO pode ficar sem treinar por tanto tempo), então o recomendável é o uso de bandagem ou um brace infrapatelar durante o treinamento, assim como compressa de gelo durante 20 minutos imediatamente antes e imediatamente após a atividade física, além de prosseguir com a crioterapia várias vezes ao longo do dia. Naturalmente o paciente também deve fazer uso dos antiinflamatórios prescritos pelo médico.

Um programa de alongamento de ísquiotibiais, quadríceps e dos flexores de quadril deve ser iniciado. O alongamento do quadríceps é essencial, visto que o aumento do seu comprimento muscular irá reduzir a tensão aplicada sobre a inserção do tendão patelar na tuberosidade tibial. Estes alongamentos devem ser bilaterais para evitar desequilíbrio muscular e para prevenir o desenvolvimento da DOS no membro contralateral. Quanto à técnica, não encontrei nenhum estudo que comparasse os resultados de técnicas de alongamento diferentes. Desta forma ainda não há comprovação se energia muscular é superior a contrair-relaxar ou ao o estiramento mantido. Sendo assim, a escolha da rtécnica é do freguês (ou melhor: do terapeuta)Os objetivos iniciais do tratamento são o alívio da dor e da inflamação.



O retorno à atividade esportiva é avaliada de acordo com os testes funcionais (ver postagem anterior), os quais podem e devem ser realizados periodicamente. O uso de certas atividades específicas do esporte do paciente também são uma boa forma de avaliar a recuperação (atenção para avaliar de uma forma progressiva, do mais fácil para o mais difícil - Ex: posso avaliar a presença de dor durante o salto de um jogador de Voley pedindo para o paciente saltar baixo, evoluindo para um salto alto e terminando com uma corrida seguida de salto simulando uma cortada). Se o paciente for capaz de realizar os testes funcionais e as atividades específicas com força total e de forma agressiva como tem de ser numa partida), sem medo de lesão ou dor, então o paciente já pode retornar totalmente aos treinos e mesmo competições.